Parte-se da premissa que:
Construída a base do racionalismo analítico, a partir de um empirismo cimentado na hermenêutica transformativa de elações insofismáveis a cerca de supostos ilogismos e princípios fusionais, onde a lógica mítica afasta o véu da incongruência dos conjuntos enumeráveis permeada de números transfinitos. Ora, dentro de uma ótica axiomática, os teoremas abstratos confundem-se propositadamente com os paradoxos dogmáticos, como bem intentam os cânones do pós-estruturalismo científico.
Lança-se a suspeita se realmente:
- Existe direta e cognitiva relação entre a topologia sólida e a psicanálise de Lacan?
- Existe direta e cognitiva relação entre a teoria da relatividade e a sociologia de Deleuze?
- Existe direta e cognitiva relação entre as pressuposições da semiótica e a sociologia de Latour?
Mas, a rigor:
Existe alguma razão específica para o uso & abuso da profusão verborrágica e ostentação da erudição superficial nas manifestações literárias de alguns escritores?
Tudo leva a crer que:
Este ou aquele, ao empregarem terminologias pseudocientíficas, alheios ao real significados das palavras e sem justificativas conceituais ou fundamentadas, na verdade estão querendo transferir ao leitor a imagem de que são indivíduos dotados de vasta cultura, eminências do conhecimento, do saber e conhecer, capazes de impressionar pela intimidação e postura insuspeita.
Pois in Dictos:
Fala demais por não ter nada a dizer :Nisto, concluo que:
- porque falar não é dizer;
Se muitas vezes os textos parecem incompreensíveis deve-se à excelente razão que não querem dizer absolutamente nada :
- porque pode-se ofuscar a visão do leigo com o espetáculo da forma dificultando-lhe a percepção da essência;
A nobre arte de não usar duas palavras onde uma bastaria :
- porque um conjunto de palavras desconexas faz o mesmo sentido de nenhuma.
Eu, que, sem ter o que dizer, posso expor diversas teorias sobre o Nada.